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II Seminário MaRias

"Movimentando Gênero nas Relações internacionais"

Nos dias 8, 9, 10, 11 e 12 de novembro de 2021 será realizado o II Seminário MaRIas: Movimentando Gênero nas Relações Internacionais. As apresentações de trabalhos serão totalmente online, por meio de plataforma digital.

Seguindo a proposta da primeira edição deste evento, o II Seminário MaRIas: Movimentando Gênero nas Relações Internacionais busca dar continuidade aos estudos de gênero como temática nas Relações Internacionais. Incorporando, este ano, a tônica dos movimentos.

Como será o seminário?

No seminário teremos minicursos, que acontecerão na segunda-feira 08/11, em dois horários 9h e 14:00h.

Nos dias 09, 10, 11 e 12/11 teremos painéis, eles acontecerão em três horários às 10h, 14h e 16:30h.

Nos dias 08, 10 e 11/11, a noite, teremos conferências

 Confira a programação abaixo . 

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Qual o tema do Seminário?

Abriremos espaço para temáticas que versem sobre os movimentos teóricos de Gênero na academia, dos movimentos de gênero na sociedade e, também, dos movimentos físicos de pessoas, de bens e conhecimentos que foram interrompidos, dificultados ou adaptados durante a pandemia da COVID-19. 

O que queremos com o Seminário?

Nosso objetivo é promover a divulgação das pesquisas do tema, bem como oferecer às autoras comentários e/ou críticas que auxiliem no desenvolvimento de seus trabalhos. Além disso, o seminário se propõe integrar as cientistas da área, e as demais discentes e docentes que tenham interesse em conhecer mais sobre o tema, por isso aceitaremos inscrições para para ouvintes, posteriormente.

Como posso participar?

As submissões de trabalho para os painéis estão encerradas. Já estão abertas as inscrições para participar dos  minicursos e para ouvintes dos painéis, se inscreva aqui. Veja os detalhes sobre os minicursos e painéis abaixo.

Assista também as nossas conferências. Eles acontecerão no Youtube das MaRIas. Não é necessário inscrição prévia. 

Como posso me inscrever para ouvinte?

As inscrições para ouvintes dos painéis estão abertas, se inscreva aqui até dia 7/11. Há vagas limitadas. 

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Minicursos

Quais são os minicursos?

Gênero e Direito à Cidade na América Latina

Dia 08/11 - segunda - das 9h às 12h (horário de Brasília)

Esse minicurso tem o objetivo de trazer reflexões sobre como as questões de gênero impactam tanto na forma como as cidades são produzidas, como no modo em que suas/seus as/os residentes as vivenciam. Com enfoque no contexto latinoamericano, esse minicurso buscará suscitar os principais debates envolvendo o direito à cidade a partir da perspectiva de gênero interseccional, jogando luz às desigualdades estruturais que marcam a vida urbana, sobretudo em relação aos aspectos da mobilidade, participação e ocupação dos espaços públicos.

Kelly Agopyan

Doutoranda e mestra em Relações Internacionais pelo IRI-USP. Pesquisadora em questões urbanas, com enfoque em direito à cidade e direitos humanos

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Direitos Sexuais e Reprodutivos, Política Externa e Agenda Conservadora

Dia 08/11 - segunda - das 9h às 12h (horário de Brasília)

Este curso pretende criar um espaço de diálogo, troca e divulgação sobre os processos de constituição da agenda de direitos sexuais e reprodutivos em organismos multilaterais. Busca-se fornecer um panorama das etapas, períodos, embates e principais disputas em torno da agenda de direitos sexuais e reprodutivos, bem como em paralelo destacar a atuação de movimentos e delegações brasileiras diante do tema. A título de contemporaneizar o debate, à luz de eventos recentes de guinada conservadora e esvaziamento de organismos multilaterais, exploraremos como o movimento conservador se posiciona diante da agenda. O curso acolherá demandas das participantes e estabelecerá uma ponte entre diversas temáticas, metodologias e abordagens do tema.

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Laira Tenca

Doutoranda em Ciência Política na UnB, pesquisadora das agendas de política externa, análise do discurso, gênero e organismos multilaterais

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História das mulheres na diplomacia brasileira

Dia 08/11 - segunda - das 14h às 17h (horário de Brasília)

O objetivo é transcorrer os mais de cem anos da presença da mulher no Ministério das Relações Exteriores, desde a primeira a passar no concurso do Itamaraty em 1918 até a crise atual. Observando frustrações, obstáculos e conquistas femininas no MRE ao longo do último século, o minicurso pretende: inserir o Itamaraty no sistema político doméstico e internacional pelas lentes de gênero; fazer uma introdução sobre a política externa brasileira para questões de direitos da mulher; e apresentar as principais mulheres brasileiras que atuaram em política internacional.

Luah Tomas

Pesquisadora feminista de História e Relações Internacionais. Mestra IRI-USP e doutoranda na York University (Canadá)

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Refúgio e gênero

O objetivo deste minicurso é introduzir os principais conceitos e discussões relativos ao gênero dentro dos estudos de refúgio. Estudar refúgio com as lentes de gênero é fundamental para compreender a diversidade de experiências de deslocamento. Nesse sentido, a teoria da interseccionalidade será analisada a fim de compreender como a intersecção das identidades de gênero, condição de refugiada e outras identidades impactam na vida desses indivíduos. Será abordado, também, a presença de agência, considerando que esses sujeitos não são passivos e sim ativos em suas decisões, apesar da vulnerabilidade em que se encontram. Os estudos de caso terão um enfoque principalmente sul-sul. O minicurso será, além de expositivo, um espaço para debate.

Mariana Corrêa

Doutoranda em Relações Internacionais no IRI-USP e Mestra em Estudos Africanos pela Universidade de Lisboa. Pesquisadora de migração, refúgio e gênero

Dia 08/11 - segunda - das 14h às 17h (horário de Brasília)

Como posso me inscrever?

A inscrição é feita através desse site

 

Selecione um ou mais minicursos, ao realizar o pagamento a sua inscrição estará confirmada.

Até quando posso me inscrever?

Até o dia 6/11 ou até o fim das vagas.

Quem pode participar?

Qualquer pessoa interessada no tema.

Posso participar de mais de um minicurso?

Sim, desde que os horários não sejam conflitantes.

Qual a bibliografia adotada nos minicurso?

As ministrantes dos minicursos selecionaram alguns textos que servirão de base para os minicursos. Para acessá-los clique aqui

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Painéis

As inscrições para submissão de trabalho para os painéis estão encerradas. Mas estão abertas as inscrições para ouvintes dos painéis, se inscreva aqui.  Elas são gratuitas. Veja a programação dos painéis abaixo.

Conferências

Todas as conferências serão transmitidas pelo canal do Youtube das MaRIas. Não é necessário inscrição prévia. 

Conferência de Abertura

Movimentos Teóricos

Dia 08/11 - Segunda-feira - 19h
Canal do Youtube das MaRIas

No dia 08 de novembro teremos a Conferência de Abertura - Movimentos Teóricos, com Carla Cristina Garcia, Clarice Ferreira Menezes e Mariana Selister Gomes, que será transmitida no Youtube, canal Marias IRI USP, às 19h!

Discutiremos as tendências teóricas, epistemológicas e metodológicas que norteiam os debates atuais sobre gênero, considerando as dimensões de de/anticolonialidade, interseccionalidade, interdisciplinaridade, entre outras que levem em conta os elementos de raça, classe, etnia e territorialidade.

Roda de Conversa

Movimentando as Políticas
Públicas de Gênero

Dia 10/11 - Quarta-feira - 19h
Canal do Youtube das MaRIas

Contaremos com a presença de Ana Paula Fava, Esther Leblanc, Laura Samily e Thaisa Torres na nossa roda de conversa sobre políticas públicas de gênero. Com moderação de Kelly Agopyan, as nossas convidadas vão debater sobre a concepção e a implementação de políticas públicas de gênero. 
O evento acontecerá no dia 10 de novembro. Ele será transmitido no Youtube, canal Marias IRI USP, às 19h!
 

Conferência de Encerramento

Movimentos Interrompidos

Dia 11/11 - Quinta-feira - 19h
Canal do Youtube das MaRIas

No dia 11 de novembro teremos a Conferência de Encerramento - Movimentos Interrompidos, com Roberta Peres, Layla Carvalho e Deise Ventura, que será transmitida no Youtube, canal Marias IRI USP, às 19h!

Na conferência debateremos sobre os movimentos interrompidos ou dificultados pela pandemia de COVID 19. Discutiremos os efeitos da pandemia sobre a questão de gênero a partir da ideia de movimentos de saúde global, migrações e direitos sexuais e reprodutivos.  
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Quais são as áreas temáticas?

Meio Ambiente e Desenvolvimento

A pesquisa sobre gênero, meio ambiente e desenvolvimento envolve pensar as relações entre as pessoas - especialmente mulheres - e o contexto produtivo e reprodutivo em que vivem.

A chave de investigação deve, de alguma forma, interseccionar humanidade, natureza e recursos. Encorajamos uma abordagem crítica, decolonial e periférica sobre temas tradicionalmente trabalhados pelo Norte Global. Tópicos atuais e interessantes incluem: mudanças climáticas (impactos, mitigação, adaptação), governança de bens comuns (oceanos, florestas) e conservação da biodiversidade

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Economia Política Internacional

As pesquisas em Economia Política Internacional tratam dos temas entre processos políticos e econômicos internacionais. 

É possível que os trabalhos abordem as instituições multilaterais públicas e privadas, os acordos econômicos internacionais, os aspectos econômicos de processos de integração e a regulação financeira doméstica ou internacional. A perspectiva de gênero aparece quando analisamos o impacto desses temas na questão de gênero, ou a influência que a questão de gênero pode ter nestes processos. Mais ainda, os trabalhos podem abordar a falta da questão de gênero nas perspectivas de EPI.

Política Externa

A observação das diretrizes, arranjos, debates e decisões tomadas por qualquer governo no que concerne a seu posicionamento no mundo em relação a outros governos, Estados, organizações multilaterais e ONGs é o que define o campo de estudo da Análise de Política Externa.

Nas últimas décadas, algumas temáticas têm agitado o campo de estudo, com questionamentos que modificam o objeto de análise e a compreensão do mesmo e dinamizam uma área que por muito tempo julgou-se estabilizada. Política externa como política publica, política externa feminista e bilateralismo e multilateralismo são algumas dessas temáticas.

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História das Relações Internacionais

O campo das Relações Internacionais têm apresentado ampliações teóricas e práticas, correspondentes às constantes transformações sociais, que se processam, com isso torna-se mais complexo e diverso à medida que as relações sociais de esfera internacional evoluem. 

Entre essas transformações, temos a inserção de novos atores no cenário político, trazendo novos recortes de uma mesma realidade, na busca de desenvolver concepções com diferentes Estados já não são mais os únicos protagonistas e influenciadores do estudo das relações internacionais. Estudos sobre os movimentos feministas, as organizações de mulheres, a luta por direitos internacionais, as mulheres na história da diplomacia brasileira e mundial combinam com esse painel. A área procura pensar as relações entre sociedades e culturas em diferentes tempos históricos sob uma lente de gênero.

Representação Política Feminina

Segundo relatório divulgado pela ONU Mulheres, até 2013, apenas 8% dos líderes nacionais ao longo da história foram mulheres e 2% chegaram à presidência.

Ao longo do tempo, a luta por maior participação política das mulheres tem sido colocada em evidência ao mostrar a disparidade referente ao gênero e à questão salarial. A representação feminina não só auxilia no desenvolvimento de questões relevantes aos Direitos das Mulheres como também aos Direitos das Crianças e Jovens. A regulamentação de leis de proteção social de gênero e família tendem a ser mais desenvolvidas em países onde a representação feminina é mais acentuada, como é visto em países como França, Suécia, Holanda e Ruanda (país com maior representação feminina dentro do governo).

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Instituições e Regimes Internacionais

Esta área temática acolhe trabalhos que analisem as instituições e os regimes internacionais a partir de uma perspectiva de gênero, analisando o papel das mulheres na governança e nos processos decisórios das relações internacionais.

Estimulam-se discussões teóricas e conceituais que pensem as dinâmicas, os agentes, os processos e as políticas relacionadas com os tópicos do multilateralismo, das normas e da cooperação entre atores estatais e não-estatais. Tópicos interessantes incluem pesquisa sobre organizações internacionais, integração regional, movimentos transnacionais, entre outros.

Violência em Regiões de Conflito

As violências são parte integrante das sociedades contemporâneas, no entanto algumas delas se intensificam em regiões de conflito.

Por exemplo: violências sexuais e de gênero, como estupro, assédio e tráfico de mulheres e meninas. Essas violências podem ser perpetradas por civis, agentes do Estado ou de organismos internacionais. Os trabalhos podem discutir essas relações de gênero, descrever essas violências, examinar ações e normativas locais, estatais ou internacionais sobre o tema, trazer novas metodologias, apresentar estudos de caso; entre outras possibilidades.

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Teoria das Relações Internacionais

O campo das Relações Internacionais é narrado pelo grande debate entre teorias com diferentes epistemologias e visões de mundo. 

Devido ao caráter interdisciplinar da área, os debates teóricos bebem das distintas fontes de produção do conhecimento e essa diversidade teórica e epistêmica é pluralizada no seio das abordagens feministas, queer, interseccionais. Nas últimas décadas, a inserção de mais mulheres nesse privilegiado campo de estudo têm proposto novos conceitos, agendas e metodologias sob a perspectiva de estudos de gênero.

Direitos Humanos

As pesquisas sobre Direitos Humanos e Relações Internacionais normalmente têm como marco a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) estabelecida no âmbito das Nações Unidas, dando base ao Direito Internacional dos Direitos Humanos, juntamente com os demais tratados e convenções pactuados posteriormente.

Mais do que a incorporação das normas internacionais estabelecidas pelos Estados-Membros da ONU em seu direito doméstico, o campo foi se expandindo, incluindo novos atores e novas interpretações e temáticas dentro do escopo dos direitos humanos, buscando romper com o entendimento único ocidentalizado do Norte Global sobre o tema. Tendo em vista que o campo é transversal às demais temáticas internacionais, os trabalhos podem envolver a promoção e proteção de direitos de diversas populações vulneráveis em intersecção com o gênero (população negra, indígena, LGBTQIA+, idosas, crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, trabalhadoras informais, migrantes e refugiadas, população carcerária, entre outros).

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Políticas Públicas

Ainda que não seja um campo que dialogue tradicionalmente com as Relações Internacionais, cada vez mais tem-se comprovado a importância das RI na formulação das políticas públicas de gênero.

Governos têm usado marcos normativos e experiências internacionais para respaldar, fortalecer e/ou orientar suas próprias políticas locais. Além disso, a área de difusão internacional também têm colaborado com os estudos sobre a disseminação internacional de ideias, instrumentos de políticas públicas e paradigmas por meio da circulação de diversos atores nas arenas internacionais, como congressos e organizações internacionais. É uma área promissora, ainda em crescimento e que merece ser melhor explorada, sobretudo no que tange às políticas públicas de gênero (que vão além das políticas “para mulheres”), nos diversos níveis de governo

Direitos Sexuais e Reprodutivos e a Violência de gênero

Os trabalhos podem trazer estudos de casos ou descrições sobre violências de gênero, por exemplo violência patrimonial, sexual, física, psicológica, política, entre outras;

Analisar ações e normativas de combate a essas violências ou de promoção aos direitos sexuais e reprodutivos; investigar a influência de normas sociais, familismo, conservadorismo, religião, neoliberalismo e outras estruturas que contribuem para a violência de gênero e para a restrição de direitos sexuais e reprodutivos; trazer novas metodologias; entre outros tópicos.

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Gênero, Segurança, Defesa e Estudos de Paz

Os trabalhos podem examinar normativas e ações locais, nacionais ou internacionais para a promoção da agenda de segurança, defesa e estudos de paz. 

Por exemplo a resolução 2493 (2019) ou plano nacional de implementação da 1325; analisar o papel das relações civis-militares com um enfoque de gênero, por exemplo a inserção de LGBTQIA+ nas forças; trazer novas metodologias sobre o tema; apresentar estudos de caso; discutir os papéis de gênero associados a mulheres como promotoras da paz, entre outros tópicos.

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